11 de set. de 2009

11/09: O Dia do Silêncio nos Estados Unidos.

Quando me perguntam o porquê de eu ter escolhido estudar Relações Internacionais, gosto sempre de contar um pequeno episódio da minha vida (que na realidade se tornou um capítulo inesquecível). O ano era 2001 e eu estava apenas na quinta série do ensino fundamental - creio que hoje esta série chama-se sexto ano. Era um dia como outro qualquer, exceto a partir do momento em que regressei da escola. Ao chegar em casa, na ansiedade de assistir o programa do Chaves na hora do almoço, percebi que todos os canais da televisão estavam ligados na mesma coisa: os Estados Unidos da América estavam sendo atacados.

Eu era uma criança de pouco mais de 11 anos, estava completamente assustado com aquilo. Aviões explodindo nos muros do World Trade Center (prédios que até então eu desconhecia, visto que em Nova York eu pensava que somente existia a Estátua da Liberdade e o Central Park). Depois desse dia me apaixonei pelos noticiários, pelas guerras, conheci a geopolítica, as relações internacionais e alimentei o sonho de cursar na faculdade algo que unisse tudo isso e mais um pouco.

Obviamente que eu sou apenas um grão de areia neste imenso deserto de pessoas que tiveram suas vidas alteradas com os atentados do dia 11 de setembro de 2001. E desde este ano, o ocorrido é lembrado em Nova York com minutos de silêncio (a cidade realmente fica imóvel). Uma das maiores capitais financeiras, culturais e políticas de todo o planeta, fica de cabeça baixa, de olhos fechados, relembrando as cenas e as dores daquele dia.

Osama Bin Laden passou a ser celebridade no mundo todo. Uns dizem que ele já está morto, outros afirmam que ele está escondido. Mas é certo que ele é apenas um nome, dentre tantos, em uma organização radical que balançou o país mais inatingível da história. O atentado às Torres Gêmeas foi o primeiro, e único, ataque sofrido pelos EUA em seu território, em toda a sua história.

A força do ataque é sentido até nos dias de hoje. Mas muito mais do que a violência, a força ideológica deste dia é infinita, de tal modo que marcou as páginas da história contemporânea. Este fato mudou todo o conceito de segurança, estratégia, política e as relações internacionais, como um todo.

Meu silêncio para os americanos. E meu silêncio para os afegãos e iraquianos que sofreram todo o contra-ataque norte-americano.

Escrito por: Denis Araujo


3 comentários:

Raissa disse...

Me lembro perfeitamente desse dia também, apesar de demorar um tempo p/ entender, e na verdade, só fui entender direito há pouco tempo.
Acho certo relembrar, é o tipo de coisa que não pode ser esquecida.
Parabéns ^^

beijo

Francimare Araujo disse...

E eu me perguntava: Mas por que fizeram isso?... (Olha que eu era bem mais novinha que vocÊ.)
Perguntava aos meus irmãos e eles me explicavam aos poucos... Eu entendi e entristeci. Por que brigam assim?
Era muito assustador para mim.

Cá Ciarallo disse...

Acho que todos nós se lembram do que estavam fazendo naquele 11 de setembro. Do mesmo jeito que acredito que são poucos aqueles que não associam a data ao acontecimento.

Eu me choquei muito, como muitos outros. Não só pelo terror que foi, tanto os atentados em si como tudo que se desenrolou depois disso. Mas também por que eu sabia que estava vendo a história acontecer na minha frente, e acho isso extremamente emocionante.

Li um livro sobre os atentados muito bom, se chama 102 minutos, dois jornalistas do NY Times que apuraram o que teria acontecido dentro das torres do início até a queda. É bem legal, recomendo.