“Quando encararemos esses problemas como algo que, de fato, irá mudar o futuro dessas gerações e das próximas?”.
Conferências como resposta à crise ambiental tem sido significativas, mesmo que as mesmas não nos trazem resoluções. Mas elas são, em suma, uma grande evolução sobre o tema. Nações, de fato, “engolem” o orgulho e a vontade de consumir além do que o planeta pode oferecer, trazendo questões e formas de se reduzir o processo de “auto-destruição” do planeta.
A Cúpula da Terra foi uma delas, em 1992 - sediada pelo Brasil e que apresentou representantes de cento e quarenta e sete nações, entre eles Al Gore, que na época ocupava o cargo de vice presidente.
Seu objetivo foi trazer resoluções acerca do desmatamento de florestas e sua preservação, assim como o próprio aquecimento global. Pesquisas realizadas na época mostravam a importância da emissão do CO² no aumento da temperatura do planeta, e que 20% dessa emissão decorreria dos desmatamento de florestas.
Politicamente o Brasil obteve êxito, pois sediando essa conferência, viu-se uma oportunidade de mostrar sua importância à outras nações, não somente pela vastidão de florestas em seu território, mas pela política que a nação visava para a preservação. Fato é, que o Brasil deixa de ser o grande vilão, passando para uma nação que também estava presente na conferência. Os Estados Unidos fora e ainda é um dos maiores poluidores do mundo, em seguida a China, que na época ainda não se mostrava como sendo uma nova potência mundial.
A política que seria adotada pelos EUA à respeito ao meio ambiente seria mudada com seu novo representante, o então famoso presidente George W. Bush, que visando apenas a guerra no Iraque, pouco avançou nas negociações para diminuir as emissões de gases poluentes.
Em palcos menores, em 1979, na primeira conferência mundial do clima, em Genebra, na Suíça, assim como em três outras realizadas em Villach, na Áustria, Toronto, no Canadá, a importância de se enfrentar o problema das mudanças climáticas destacavam-se pelos especialistas em meteorologia.
Eis um breve parágrafo da conferencia de 1979 acerca dos gases de efeito estufa:
“A longa dependência que a sociedade tem dos combustíveis fósseis, como fonte de energia, junto com o desmatamento ininterrupto, provavelmente provocarão aumentos maciços de emissões de dióxido de carbono na atmosfera, em décadas e séculos futuros. A compreensão atual dos processos climáticos conduz à clara possibilidade de que esses aumentos de dióxido de carbono possam ter, a longo prazo, mudanças significativas e possivelmente capitais no clima em escala global.”
Tantas discussões refletem no que hoje chamamos de consciência ambiental. Slogans de empresas tentam convencer seus clientes que, de fato, estão agindo para melhorar o planeta. Verdade ou não, o fato é que a população não só deve exigir atitudes de seus governantes, mas também no seu dia-a-dia a influenciar outras pessoas que o siga nesse ideal, obstinando-se do consumismo e aderindo a uma ação conjunta para que possamos respirar melhor e preocupando-se menos com o aumento do nível do mar.
A questão que vos deixo é:
“ Poderá, então, somente o governo e organizações de um modo geral garantir o futuro dos nossos filhos?”
Referência Bibliográfica:
MAGNOLI, Demétrio. História da Paz. Ed. Contexto, p.418-419
Escrito por: Filipe Matheus